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Secretaria afirma que paradas são patrimônio cultural e político.Prefeito alegou que evento causou problemas em edições passadas.


Após a prefeitura proibir a parada gay em Duque de Caxias no último domingo (11), alegando que o evento teria causado problemas em edições passadas, a Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos informou nesta terça (13) que vai recorrer a Justiça contra a decisão do prefeito do município, José Camilo Zito. “A atitude tomada pela prefeitura foi truculenta e homofóbica. A proibição remota aos tempos medievais. Precisamos reconhecer que podemos conviver mesmo tendo opções diferentes”, afirmou o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos (órgão ligado à Secretaria), Claudio Nascimento.

A decisão de entrar na Justiça foi tomada quando a Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos foi procurada por alguns ativistas solicitando providencias em relação ao ocorrido.
De acordo com Claudio, os organizadores do evento estudam a possibilidade de remarcar a parada para o dia 15 de novembro. “Queremos diálogo com a prefeitura. É ruim permanecer nessa queda de braço. Lutamos pelos direitos de liberdade de expressão, e a parada traduz isso”, disse.
Prefeito justifica cancelamento
Para justificar o cancelamento, o prefeito de Duque de Caxias alega que nenhum organizador ou dirigente da parada procurou a prefeitura para debater a organização do evento. “Não fiz nada de irregular ou desrespeitoso. Acontece que a documentação para a realização da parada gay foi requerida em cima da hora, e ninguém me procurou para dialogar”, disse Zito. Já Claudio Nascimento afirma que entrou em contato com a prefeitura e não obteve resposta. “Enviei um e-mail no dia 2 de outubro para a prefeitura me colocando a disposição caso houvesse problemas com a parada. Inclusive, parabenizava a prefeitura pelo apoio ao evento nos anos anteriores. Mas não obtive resposta”, disse.
OAB manifestou repúdio à proibição
Em nota oficial divulgada nesta terça-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou repúdio à proibição da parada gay e informou que, caso seja solicitada, poderá prestar assistência jurídica aos organizadores do evento.

A presidente de Direitos Humanos da OAB/RJ, Margarida Pressburger, afirmou que a parada gay se tornou uma manifestação tradicional contra o preconceito. "A Constituição brasileira garante a liberdade de expressão. A parada gay, como é chamada, já se tornou uma tradicional manifestação contra o preconceito e é realizada em várias partes do país e do mundo sem causar qualquer problema. A intolerância de gênero, religiosa, racial ou qualquer outra não têm cabimento no estado democrático de direito", disse Margarida.

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